A ex-tradutora do FBI Sibel Edmonds no programa de rádio Mickey Malloy disse que os EUA apoiaram a “relação de confiança” com Osama bin Laden e o movimento “Talibã” até 11 de setembro de 2001 (o dia da explosão do World Trade Center nos EUA). Esses laços incluíam, por exemplo, o alistamento de Bin Laden em operações na Ásia Central e na região autônoma uigur de Xinjiang na China, habitada por uigures muçulmanos. Essas conexões tinham o mesmo significado e a mesma estrutura das operações contra as tropas soviéticas no Afeganistão durante a Guerra Fria – uma guerra contra o “inimigo” por meio de um intermediário. (…) Edmonds já descreveu um mecanismo anteriormente, no qual a Turquia (com a participação de alguns “agentes” do Paquistão, Afeganistão e Arábia Saudita) agia como intermediária no uso de soldados de Bin Laden, o Talibã e outros grupos terroristas. O objetivo era obter controle sobre a Ásia Central, seus recursos de energia e mercados de armas. Os americanos precisavam dessa operação para se defenderem de verdadeiros movimentos de resistência social na Ásia Central (Uzbequistão, Azerbaijão, Cazaquistão e Turcomenistão) e para reprimir a reação da China e da Rússia. Foram criadas estruturas baseadas na Turquia e que perseguiam a ideologia pan-turca e pan-islâmica. (…) A maioria dos cidadãos da Ásia Central é muito semelhante aos turcos em tradições religiosas, culturais e, em última análise, linguísticas. E o Talibã e a Al-Qaeda foram usados ​​para promover a ideia de um califado pan-islâmico. A operação ilegal de 10 anos foi orquestrada por um pequeno grupo de analistas dos EUA (financiado por patrocinadores do complexo militar-industrial dos EUA) e colaborando com centros de operações turcos, parceiros da Arábia Saudita e forças orientadas para os EUA no Paquistão, disse Edmonds. Decorre também das palavras de Edmonds que os Estados Unidos estão igualmente ligados à atual agitação uigur na China – (…) Eric Margolis, que afirma que os uigures tinham campos de treinamento especiais no Afeganistão, fundados por bin Laden e apoiados pela CIA para atingir o objetivo principal de perturbar a integridade do estado chinês. Lutadores uigures treinados deveriam ser usados ​​em caso de guerra com a China ou, possivelmente, para sua desestabilização. Uma confirmação indireta disso são as fotos divulgadas por Edmonds, uma das quais captura Anvar Yusuf Turani, o “presidente no exílio” do Turquestão Oriental. O “governo do conhecimento uigur” foi estabelecido no Capitólio (dos EUA) em setembro de 2004. Nas outras fotos está o ex-agente americano Graham Fuller, que ajudou a criar um “governo no exílio” – escrevendo e administrando intensamente “Xinjiang by Project” [1] para a Rand Corporation. Mehmet Eymur, ex-chefe do departamento de antiterrorismo do serviço analítico turco do MIT, Marc Grossman ex-embaixador dos EUA na Turquia e ex-chefe de Sibel Edmonds – e o Major Douglas Dickerson também estiveram envolvidos na ação, conduzida com base em Shushurluk (distrito da província de Balikesir, no noroeste da Turquia). Isso aconteceu sem o conhecimento oficial de Ancara. Depois que a estrutura foi desmontada, Mehmet Eymur recebeu asilo político nos Estados Unidos. (THE DAILYKOS, 10/08/2009)

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