Pac was a Socialiste "mind":_Não Há Viajeiros Áquem e Além só Caminhos para desenhar sobre a barriga maternal da terra, "grávida de SonhO"










Tertúlia em nome da Liberdade

Café do Manel celebra 30 anos


Devolvam-nos Abril já! É caso para dizer quando um grupo reduzido de resistentes, se reuniram no passado dia 21 de Abril, no Café do Manel, nas celebrações dos trinta anos de existência. Decorria uma tertúlia poética para celebrar a liberdade. Tudo parecia passar despercebido, só aquele núcleo, fechado num círculo com livros de pensadores anti-fascistas; alguém recita: “a sua palavra é estreita, a do povo não”. Os poemas vêm de todo o lado, há amarantinos como Manual da Silva Faria, preso político da Pide, em 1966, António Aleixo ou da Rússia e outros combatentes pela liberdade. Agora, em revisões da história, até se escreve que este núcleo de resistência portuguesa, na maioria concentrados no Partido Comunista Português (PCP), teriam como objectivo vender a metrópole à ex URSS. A voz do povo naquela noite. Há “ambiente” a acontecer. Zé Basto relembra que no tempo da ditadura, esta sessão seria impossível, poesia que não podia ser dita nos cafés. A total claustrofobia cultural e os que lutavam contra o totalitarismo eram “simplesmente condenados”. Alguém se lembra? “Este poema foi a ti que eu o dei”. E isso faz toda a diferença. Porque sente-se a essência na alma e a consciência amplifica e a Liberdade torna-se um ritual afectivo inconsciente. A nota pertence à controversa Regina Sardoeira. Viaja-se no tempo. Não existe Tempo. “Pelo simples facto de estarmos aqui somos imortais” profetiza Zé. Uma tertúlia em nome da Revolução numa conquista permanente pelo pensamento próprio em que a realidade é um prolongamento! Viva Abril!!

Comentários