"Imaginação ao Poder"_*Interlúdio a “8 tempos” psicológicos

procuramos apoios e participações para o nosso "Teatro de Rua"
brainstorm global
"Inspiração"
Imagina!


Acto I

“ O que se passa no mundo?!”
Maria acabara de despertar de um estado embriagante em que consciente, inconsciente e subconsciente se baralhavam numa espécie de dimensão paralela, em que era uma das protagonistas principais ou não fosse um elo chave da Revolução. Lembrara-se de Rita - a Pink - numa última luta satânica contra o tempo. Depois de anos de deambulações coloridas, em que o Sentimento falava mais alto do que meros mundos mentais. Maria e Pablo haviam conhecido Rita em Bilbao, enquanto faziam arte de rua. Passavam dias sentados nos parques, a escrever poesia, a tocar guitarra e jambés, enrolavam uns porros expansivos de mente e conversavam com as pessoas:” um poema, uma cor, um fragmento, um odor de vida, o Amor”… A miúda vinha de Katmandu. Alucinada por um “amor protegido pelos deuses” mas perseguido pelo sistema, dizia-nos ela de olhos arregalados, e pelo antigo Papa, Raschmingen, de tendências nazis inquisitoriais e por isso, um “alvo a abater”, no seu entender. Falava com entusiasmo e paixão e apesar de já terem passado alguns anos sobre a “descoberta do amor puro” e “eterno” que a chama e a intensidade do sentir era enorme, misturado com uma saudade profunda que fazia sorrir no cultivo da emoção sempre que pensava no nome da sua alma-gêmea, um músico… Para Pink, tratava-se de um “amor criativo e construtivo que fazia rir e crescer.” Um bálsamo para a Alma! E, quando lhe perguntavam o que fazia … com um largo sorriso atirava com um “Eu crio para a Humanidade”!! Eu e Pablo, decidimos emprestar-lhe a alma, na procura de tão alucinado Amor – do qual brotava o suposto amor universal da chavala – e completamente Revolucionário, em que a sua grandeza se mostrava pelo respeito máximo pela “liberdade do outro: a tua liberdade o mais importante para mim”, repetia-nos Rita como se isso lhe trouxesse um prazer acrescido. Num fluxo natural sensorial… A nossa amiguinha interessava-se por filosofia, anarquismo e surrealismo, numa atitude nietzschiana de que a Cultura vive submissa ao Estado, "instrumentaliza-se" dizia, principal aniquilador da originalidade e da criatividade e aqui, a miúda entrava numa espiral de pensamento Desconstrutivo e "acusava" Raschmingen de controlar os mundos espirituais, de ter queimado a irmandade para impedir a revolução e, em última instância, impedir o Amor Revolucionário, que faria mudar o mundo e a Humanidade num conceito superior Sentido!  sentido por todos, entre os 2 deuses que iria elevar o mundo a estados utópicos de Sentir e criar. “A cultura enfraquecida”, lamentava enquanto escrevinhava o caderno com desenhos de corações e frases soltas quase todas ligadas ao universo da música, especialmente electrónica. Rita dizia, que as 140 batidas por minuto, que marcam o compasso deste estilo de música de dança, portanto um ritual colectivo de raíz primitiva, em que corpos se libertam e mentes se fundem em espaços e tempos alternativos, puros, belos, misteriosos; poderiam também marcar equilibradamente a batida do coração e, assim, aprender a conhecer o corpo e a controlá-lo, em caso de anomalias. Nós, sorríamos e deixávamos falar, quando não era atingida por longos momentos de silêncio em que havia entendimento, e reflectia uma vida de sonho e embriaguês de Pink. Acreditava numa espécie de irmandade ancestral colorida, crescida no passado com música e mística. Consciências divinas, elos importantes e “puros” da “sua” Revolução. Tinha imensas histórias para contar, nomeadamente viagens à boleia meias inconscientes, preenchidas por visões e alucinações. Era uma rapariga “diferente” com interesses diferentes. Gostava de se divertir em raves e concertos, “no underground”, um termo que usava com frequência para qualquer aspecto da vida, desde os amigos à simples análise de uma foto “industrial” por exemplo. No seu entender, o Underground, seria o núcleo da resistência, decorrente dos lutadores pela liberdade nos tempos hitlerianos, (la resistance française) agora teletransportados por esta miúda aos tempos modernos. “o fascismo continua a existir e a oprimir e sufocar” berrava quase à beira das lágrimas, enquanto nos contava como os amigos a tentavam acalmar, com “o fascismo já não existe rita, vivemos em democracias”; o que ainda a revoltava mais, acusando-os de falta de sensibilidade e de pensamento próprio, mortos na acção que cativa mais ideias para o individuo conhecer e desenvolver planos de acção que obedeçam à criatividade e à imaginação.


Acima de tudo, o mistério que envolvia a rapariga “com consciência de lobisomem” encantava-nos. E, tendo em conta, que pela 1ª vez a sério, a miúda estava nos países vascos. “Euskadi para euskara” como gritava alegremente enquanto eu e o Pablo inventavamos ritmos de ...“baixas frequências” na tenativa de impedir a prossecução de mais uma "destruição"... Os cérebros geniais, a sabotagem do "Normal" é subversivo para a "máquina" que vive do eterno Mal". Pablo havia ensinado naturalmente e com muita paciência Rita que A word imortal é mais apropriada para todos os que veiculam o ateísmo. Rita era pagã Manifestação? "Só a Criação" ;  na percussão ou mesmo no entoar do discurso, na tentativa de a remetermos para um estado além da física:” os músicos tendem a desenvolver ondas cerebrais alfa, de baixo teor, e que levam a uma meditação transcendental”, dizia-nos Rita ou Pink. Ela e os amigos das mais novas gerações baptizavam.se de “pink” entre todos, no anonimato dos nomes, que a miúda defendia ser o novo rumo das coisas. “os djs não devem ter nome, e os menos importantes tocarem a seguir aos conceituados, como cabeça de cartaz. Impulsionar. Motivar”. Nem queríamos acreditar nas coisas “filosofico-existenciais” que Pink ensinava, num fluxo natural e altamente criativo… Até “escuro”. E todos gostavamos de concepçóes “dark” na nossa existência, para nos remeter para o profundo dos nossos Eu, “bater intensamente na alma”! Em desenhos sentimentais eternos.”E, a liberdade pode ser delicada …. Como uma folha de outono”, choramingava por vezes, enquanto lhe ofereciamos um joint, que lhe coloria a Vida. Como eu e o Pablo, a miúda que vinha de Katmandu, por ter lido “ os caminhos de katmandu” e ter crescido com a inquietude que marca os irreverentes, os não conformistas. Os não passivos. Gente em quem a Ideia leva a progressões fantásticas existenciais…. Era Legalize e, mais ainda, frontalmente contra situações de injustiça. Bombardeava-nos com a Mossad, e os agentes que fazem plásticas e a artista circense, ex espia que acabou nas acrobacias de um circo, talvez em Goa, experimentava Rita …. A Cia e os revisionismos históricos,ao abrigo do vaticano, “destilo ódio” comentava em gritinhos, dando azo à sua veia maomortiana. Ainda não falamos deste “!movimento de criação, vindo de Braga e que Rita amava” por serem entes superiores, que desenvolviam um Pensamento carregado de beleza sensorial, levando a emoção aos extremos, numa procura da Luz. A verdade e o Amor eterno”. OS dois pilares base da nossa amiga, admiradora de Telemaco. Era mística. Quando passou pelas montanhas sagradas do Liechensteing, deparou-se com energias que saiam daquelas terras, daquelas gentes, rapazes e raparigas de estilo hippie que ouviam trance music, um estilo electrónico de composição psicadélica. A sua escuta desperta zonas sensoriais cerebrais e os hemisférios e as diferentes areas da mente entram em conexão. Alucinação! “Táxi e devia ter dito ácido”! Confessava Dr. Albert Hoffman, como o seu papa espiritual, com quem fazia brincadeiras, em que o tempo e o espaço se tornavam em mera abstracção. O universo, esse era o do rock and roll, quando há atitude psicadélica, que desce numa espiral para implodir, explodir, em irreais feixes de cor … Nós sabiamos o que era o Lsd… o mundo do sensível e dos fragmentos das ideias, em cor !!! …


Interlúdio a “8 tempos” psicológicos
Into the time
A lua está escura. Algo se passa na dimensao lunar. Nao é possível ver nada com o telescópio. Apenas sombras. Aira veste o fato negro, agarra uma garrafa de champagne e teletransporta se até ao templo sagrado da lua. Em Bilbao, Pablo termina as pinturas do rosto, de palhaço e Maria complementa a mini saia, com meias às riscas altas. Usa uma máscara negra em estilo borboleta, com a qual cobre a cara- Compreendiam os sinais. Tempo para uma festa , um concerto possivelmente de Mão Morta. A banda que os fizera crescer numa inpiraçao crua e chocante quase demoníaca. Mal chegam ao templo um dos musicos entrega lhe um frasco de éter ... coloca o liquido por todo o corpo. Embriaguês total em fracçoes de segundos : nao tem imaginarium para o que se iria passar a seguir. Passa pelo animal de palco Adolfo Luxuria Canibal cumprimenta o sem o olhar. Ele drige lhe um "olà Chabala" O público já é uma multidao. Aira nao se importa quer é som. eternizar se na dança. De vez em quando cheira o pulso e sente um odor exótico, flores de bosques encantados. O espaço é preenchido por esculturas de gelo. Veêm se fellatios altamente divinos. Figuras gigantescas, brancas quase reais ... surreais .... Ela aproxima se e toca um pènis. Quando o toca há luzes que a iluminam. Cora um pouco e sente o vocalista da banda rir "louca". É uma roadie abstracta já há muitos anos. Sente se lunar. Encostados ao balcao estao alguns djs, uma arte sagrada para ela. Chama lhes criadores de sonhos, peace warriors. Atira com um olá e faz um gesto com sa maos de pertença a um mundo bizarro mas utópico. Vê Jiggy apaixona se por ele momentaneamente. Ele topa o olhar timido e sorri "hey girl o que queres partilhar ?" " Uma garrafa de champagne para celebrar o momento em que te reencontro. A tua cara faz me fofinhos e fazes me corar. Como é que apareceste? De que galáxia vens?" " De Sabar, o planeta inventado por ti como muito bem o sei. estive a tocar para duendes mágicos. Agora rock and roll puro... orgiástico... sádico .. E tu? O que andaste a fazer? sinto o teu cheiro" Baixa se levanta lhe a calça justa e dà lhe um beijo intenso mas rápido na perna "Uma tatoo" Dis ela sorrindo enquanto lhe oferece a taça "PAra a eternidade porque gosto de ti e sinto me pura para ti e sinto te puro para mim " O baterista faz um clap nos pratos. "entrei te no pensamento jeune fille. Atracçao mental. Quero sentir te o concerto todo colada a mim. Entendeste " Aira tem um flash. Telepatia. Comunicaçao mental. "Responde Imediatamente" insiste o baterista. "Sinto te num fluxo eterno porque gosto de ti. Fazes me rir... e prometo te de alma nua que a minha comunicaçao contigo manter se â por esta noite !" "Quero te" ... O som começa a subir e expande se pela inumeras colunas que se estandem pelo templo . Jiggy sorri. "entao miuda, corte cerebral?" Ela ri faz lhe um gesto obsceno e emaranha se pela multidao sozinha. Nem quer acreditar que està em templo lunar na dimensao dark dos fucking mao morta... Istambul Budapeste Lisboa, um mundo marado completamente. Aluicinaçao. "lisboa, taxi casal ventoso sff" repete os até â infinidade. Os musicos parecem entes encantatórios ... "die clown" murmura " o palhaço sou eu percebes? distorçao da realidade " Aira ri e ri muito. Olha o baterista que sorri e continua a deambular como se nada tivesse dito. Ha um rapaz que se aproxima e faz bolinhas de sabao rosa ... "quem sao estes?" pergunta " amo os e pronto. Grande viagem. Fui convidado pela Deusa de Negro... nao sabia de quem era o concerto " Mao Morta, uns sádicos. Sao de bracara e têm a dimensao escura da realidade. Uma banda que sabe quem é, o poder que têm e tu? Eu sou Aira uma deusa cósmica em alucinaçao, en progressao..." " Bem, eu sou um semi Deus que gosta de andar nu nas ruas e curtir miudas de nèon de meias altas âs riscas e vim curtir o som " Aira atira lhe com um beijo dispara lhe um adeus e continua envolvida na musica. De vez em quando olha o baterista sente conexao de olhares ri se baixinho ... Momento alto de vocalista que coloca uma coroa de flores enquanto murmura anjos do desespero . Ela repete o " das minhas maos distribuo a embriaguês a estupefacçao gozo e tormento dos corpos " ama o em silêncio... Adolfo luxuria canibal exibe uma faca e comeña a cortar a roupa... fica nú em palco com a coroa de flores de pètals brancas "eu sinto te " grita por todo o templo... ouvem se ecos " eu sinto te eu sinto te eu sinto te " "Quero o poder da lua, a alienaçao, um múrmurio" hà alguem que entra com um carrinho de supermercado e um televisor lá dentro. O vocalista senta se no chao de pernas cruzadas e fita em silêncio o pequeno ecran. Um momento pop, pensou Aira. Apetece lhe invadir o palco, tocá-lo fazer-lhe miminhos como se Luxuria estivesse num expoente maximo de uma infância ... descontrola se sobe a pequena escada e toca o nas costas. Ele vira se e convida a a sentas se ä beira dele. O ecran mostra imagens altamente geométricas. A musica continua. Ele convida a surdamente a despir se... ela sorri e da lhe um beijo de carinho nas faces. Ele pega no microfone "olá chabala, deusa do sentido para mim " Ela ri coloca as maos cruzadas por detrás da cabeça olha o baterista e baixa os olhos "Seduction" " YA" responde "tenho um grilo falante. tive uma ideias tive uma ideia vamos fugir vamos fugir ". Maria e Pablo são convidados para a jam session filosófico surreal que se adivinhava a seguir à grande exibição. Pablo exibe uma expressão triste: “A Rita teria adorado e era gira a energia dela”. Maria e o amigo colorido concentram-se. Segue-se o silêncio “doloroso” mas significativo após o concerto. As suas frequências cerebrais, alimentadas pela sensação, pela emoção da saudade justa da Poetisa, entrecruzam-se. Dialogam em entendimento imediato. Telepatias.
Rita está num albergue para peregrinos. Ela própria se diz peregrina ao país vasco. Quer colar textos de paz em bibliotecas e smart shops. Anda num rodopia intenso emocional, a ver se Pablo, Maria e mais uns amigos de rua, a acompanha. Muito simples, afinal: “Mentira: “Nova ordem mundial” eles vendem armas … nós queremos a paz, e assinar Um comando criativo separatista vasco!” Nós compreendíamos, mas também sabíamos que agia inconscientemente muitas vezes, e a situação política da eta seria sempre delicado. No plano mental, aparece “Filosofias góticas” por Rita. Fantástico. A conexão estava estabelecida.
“"quero um cogumelo mágico
criar a dimensão da fantasia
procurar o sonho numa mente superior
abstracta impressionista
Uma figura original e ilusória
Um fragmento de pensamento
Um momento que não passa
Uma realidade fílmica
com o aroma a mar
O odor do céu
A cor de uma pétala
Um filme existencialista
a literatura abstraccionista
para o pensamento humano
que se expande no horizonte
e crio uma divindade da cor do fogo
porque sou o deserto
onde se pintam visões alaranjadas
tonalidades orgiásticas
Um mar que regressa pela manhã
Uma criança que flutua em cores bizarras
porque a cor nao morre
e há sempre lugar para a dimensão
mágica da lua que encanta
que alimenta seres que provêem de outras galáxias
e constroem realidades imaginárias
Onde se luta pela liberdade, pelo amor
de um corpo possesso
E que domina visões
uma eternidade quente inimaginável
um mundo estranho que transforma
figuras em desenhos altamente geométricos
são cores
são sonhos
são utopias
são revoluções
são distorções do som
são ruídos que completam a realidade
são mentalizações
são livros sem nome
são filosofias góticas
são histórias de guerreiros que sobrevivem para o encantamento
são seres superiores criados pela arte
são mistérios azul eléctrico
são os elementos naturais que lutam e gritam pela noite
porque gostam da libertação, do ser
que se deixa envolver pelo mistério do cosmos "
Deixar correr a energia cósmica
"The End" anuncia uma voz feminina talvez a Deusa de Negro. O templo começa a ficar vazio "Curtiste?" é Jiggy que lhe pergunta enquanto lhe prende um malmequer no cabelo "Alienada totalmente.... opening the doors of perception... A passagem para a dimensao da arte pura. A criaçao do fantástico. Sinto me uma ninfa do templo. Apetece me chorar. O que queres partilhar comigo ?" "Uma taça de champagne e convido te para a tertúlia do Arco Iris, com a presença especial dos Mão Morta. Anda. Atravessamos juntos o vazio do recinto . Estes gajos têm um som fenomenal. " Dá-lhe a mão e segue o por uma escadaria labiríntica. Entram numa sala decorada em tons de vermelho. Vêm se desenhos geométricos em telas gigantes. Há entes lá dentro. Sente se a inspiraçao màgica de uma noite fora da realidade controlada. Apetece lhe continuar na embriaguês ... aproxima se de um grupo de imagens tridimensionais que fazem movimentos suaves como se estivessem a sentir os corpos mas nao lhes tocam, uma invisibilidade no gesto "Vocês estao a ser manipulados pelo quê?" pergunta Aira curiosa . "Pela sensualidade. A tertúluia do Arco Iris já começou girl. Apresenta te !" " Criadora de Sabar, O planeta do Amor e da Liberdade. Roadie abstracta dos Mao Morta. Uma aprendiz de feiticeiro de magia branca " " Eu sou Deos, uma folha de outono caída em estradas de terra. Pertenço ä dimensao dunar e faço oraçoes à Deusa de Negro " A Deusa de Negro era o ente maximo de protecçao da arte, como Aira o sabia. Conhecera-a ha dois anos, na sua primeira rave lunar. Fizeram ambas uma pintura abstracta da realidade para oferecer a Dumus, Senhor do Horizonte. Uma noite e um dia irreal. Percorrea-a um sentimento utópico de fascínio. "Brindemos ao Arco Iris" A vox acordou a das suas recordaçoes "Quero fazer uma escultura de gelo contigo. Curtiste ?" era o baterista com pozinhos mágicos azuis e rosa no cabelo. Os olhos estavam pintados de negro. "Amo te por um momento " murmurou "Uma amiga galáctica eterna para ti e sim, quero fazer uma escultura de gelo contigo " Deos continuava apalhaçado, " queremos a prossecuçao de uma veia inspiradora fìlmica no planeta terra. A dimensao da arte para fazer crescer o ser humano subliminarmente porque só os entes altamente sensíveis sao permitidos no nosso universo. E criamos para o cosmos inter galactico... Construimos um novo sistemos emocional humano porque queremos a realidade, o mundo das impressoes, a delicadeza que deriva de uma elevaçao espiritual do mundo do fantástico!" " eu vivo na fantasia onde os personagens sao feitos de papel e de pétalas de flores " acrescentou Aira " e sou a antítese das burocracias " " Palavra proibida na tertúlia no tempo máximo da utopia jeune fille. Um alerta de um amigo " Adolfo Luxuria Canibal entregou lhe uma taça de um vinho fresco com pétalas de rosa, um aroma suave que desperta a sensualidade pensou ... " Sinto me num nível de comunicaçao de alma para alèm dos limites da sensaçao. Como se estivesse em comunicaçao extra planetária, uma sensibilidade mais alta, mais deep.... serve me outra taça de vinho por favor, quero teletransportar me embriagada para ter as alucinaçoes do cosmos permitidas pela veia sagrada da arte, o flash tridimensional para mais tarde curtir em visoes escritas ". "Viajaremos juntos esta noite. Embriagamo nos para libertar o inconsciente e adquirir um poder mental mais forte mais creatif, mais etéreo porque protego a amizade cósmica, miuda . Bebe e brindemos ao poder de Sabar onde todos os seres flutuam. Olha é o espantalho da liberdade, a adoraçao máxima da deusa de negro " Luxuria Canibal dirige se â mulher alta que usa uma túnica vermelha e beija lhe a mao "senti saudades vossas " diz lhe a deusa "espero que tenhais apreciado a noite que ainda continua porque Frisa. o espantalho da liberdade vai entrar em comunicaçao máxima comigo. Saudamos a tertúlia do Arco Iris "
" Faço oraçoes a ti porque amo te e crio um imaginarium com a tua pele que escondes por debaixo do teu vestido. Encanta me a tua nudez , o teu sentido subliminar de tudo porque sei que me proteges como uma deusa da ilusao. E quero partilhar bosques sagrados contigo, mergulhar em lagos e sinto me profana porque sinto o teu toque... a tua voz, o teu sentimento, a eternidade do som, a viagem distorcida numa realidade paralela e `peço te que me acolheis em desejos ilusorios, porque navego na dimensao lunar esta noite ... um espantalho da liberdade é assim que me defino. É assim que eu me chamo hoje. Tenho em mim o dom da esperança de te poder amar em segredos profundos porque o meu nome é a Liberdade" A deusa de negro estende lhe uma taça de vinho com pétalas de rosa " Bebe e saudai a mim. Porque gosto de ti e ordeno te querida que faças o labirinto do amor ... procurai uma galáxia, invade um planeta e traz me o horizonte "
Aira sorriu "traz me o horizonte " Virou a cara e viu o baterista com quem mantivera niveis de comunicaçao mais elevados esta noite. Ele cola lhe um beijo na testa. Sente os labios suaves e volta a sorrir . Teletransportam se e sentem o veludo , uma imensidao na madrugada que se mostra nos planaltos cósmicos . "o riso e o esquecimento !" Maria e Pablo acordaram na cama. Sorriram, enrolaram um charro galáctico, uma realidade paralela, altamente sensitiva, e progressiva, isto é, evolucionista e futurista…

“Olá!” A miúda sorriu. Tirou um livro do saco, em que podia ler-se KGB, cadernos velhos de anotações, como habitualmente fazia. Sentou-se. Ofereci-lhe cerveja. Bebeu um trago e deu início a uma longa récita, em que por vezes repetia pormenores ou personagens, “Porque lhe dava gozo e fazia-a rir”. Sim, tinha um Sentimento altamente, no nosso entender de anarcas, que pouco ligam a comentários alheios. Era uma “lunática genial” como Pablo a baptizara. Deambulava pela sua galáxia das deusas da fantasia, uma alternativa ao catolicismo ou ao budismo, ou a qualquer outra religião. “Queriam que eu fosse Santa! Ahhaha, só para impedir o curso natural e criativo do amor revolucionário, que vai levar o Universo a estado sublimes e utópicos”. O caminho é o infinito, gritava a quem passava na velha rua, apressado num ritmo contrário ao nosso escorrer do tempo quando o prazer é a eternidade do momento. Era um mundo feminino, interdito aos mortais, apesar da “Deusa de Negro”, uma criação original de Rita, e acreditava tanto na sua ficção que a Sentia e partia em divagações …. No seu entender… Liam Marx, Lenine e Mao Tse Tung e muitos pensadores e activistas anarquistas. No seu cartaz de rua, as letras garrafais, desiquilibradas numa deliciosa vertigem diziam: “Só existe uma lei à qual eu possa obedecer com todo o meu coração: o caminho da minha inteligência. Os mandamentos da minha consciência”. Dormia em paz, diziam-lhe os amigos. A chabala vivia no
Imaginário de Maio de 68 e quando se irava, por recusarmos entender fantasias que podiam ser perigosas para ela, gritava:” operariado, intelectuais e estudantes ao poder” e chamava-nos “sérios candidatos a fascistas, com tanto preconceito” … Nós ríamos. Pablo enrolava um porro que lhe estendia sorridente. Ela agradecia e num ritual de liberdade, a miúda era mero encantamento, e aqui entendíamos a sua “irrealidade” com tanta beleza e fascínio. Emanava brilho e as expressões eram divinas, com origem no mundo dos deuses. O meu amigo de rua, dizia-lhe calmamente que “o poder corrompia”. Mas, ela não queria saber e apesar de conhecer o caso dos queridos tipógrafos de proudhon – que o desulidiram quando decidiram candidatar-se como organização acreditando que só assim podiam defender os seus interesses legítimos – e claro que não eram observações destas, por muita realidade que contivessem que lhe iam toldar o romantismo da “imaginação”. Ora era uma companheira de luta de Florita Tristan, de Mário Vargas Llosa…
e até já tinha pedido ao primo Pedro para ir trabalhar para uma oficina na Áustria, onde iria sentir e pensar as “verdadeiras relações de produção” e assim, poder elevar os operários a um ritmo existencial poético, à semelhança da socialista peruana, lutadora pela igualdade dos direitos das mulheres e da união operária; ora era enviada de shiva e cleópatra, com veneno de cobra russel crowe e aranhas de marte, para lhe impedirem a progressão fantástica final e assim, numa tentativa dura de apresentação da madame Morte! Baseava-se numa ida ao deserto do Sahara, com Jim Morrison e a gaija do filme de Oliver Stone, numa história com poemas, cactos, entardeceres e mescalina. “Tão psicoactivo e brilhante”, riamos. Nós, deixávamos falar: Era engraçada, fazia-nos rir a muita naturalidade e o entusiamo que conferia às suas histórias. “ontem não sei o que aconteceu no universo, mas vomitei de náusea. Pareceu “contaminação”. Pablo fixou-me. Havia partes da nossa vida que Rita ignorava …. Apesar da alta intuição e de perguntas mais curiosas e de natureza cosmológica estilo interrogatório policial.. “Okê, Ritinha?! A tal cena do Plutónio 17?!” Agitou-se um pouco! “Tens um charro, Pablo?! Estou “em need”. E também está a chegar a hora de me por a andar. Perder um pouco de tempo com esses clones que andam aí a sujar as energias universais, a vender o sentimento …. Ao diabo, que deve ser o rashmingen”, concluía a rir. Parecia que nada a afectava, tamanha era a sua visão da Humanidade. Ainda não dissemos, mas a Rita achava que as almas tinham sido clonadas, “pela cia, pelo rashmingen e por todas as incautas ignorantes, que nem sabem o que é um deus, ou seja estão envolvidas com mediocridades e futilidades, em universos divinos”, explicava-nos, sem perder o sorriso na maioria das vezes, de gozo. Gaijas e gaijos que também podem ser “maomortozinhos”, isto é xibattos de inconsciente manipulado … para agradar” e finalizava” ou se adapatam criativamente ou como provenientes do Mal, teriam de desaparecer”. O seu discurso por vezes era assustador. Apocalíptico, quase!

“Ela sentiu-nos”, disse-me mais tarde Pablo. Nós, agora conhecíamos melhor a Rita, “ a miúda que queria crescer”, mas que tentavam a todo o custo, numa manipulação que se revelava eficaz do sistema, a todo o custo, sobre os sistematizados. Apesar de por vezes, sentirmos que nos lia efectivamente a mente, repetia-nos como numa canção, na boa, “as pessoas livres não se deixam manipular nem controlar. Por isso nunca será um problema meu”.

REAL UNREAL AMNIGUOUS
sistema test to most genial path of mind
"Heartfelt" in the brains
IntelectuAlizE your Time

"have a nice stay"

"Rita_code"_00.1
berlim

o mal é desconstruível "matematicamente"

SENTIR É GEOMETRIA

transgeometria mental

real real real real real real real real real real real real real real real real real real real real real real real real real real real real real real real real


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