Rita em consciência de Lobisomem

Rita em Metamorfose ou consciência de lobisomem

Rita tentava em vão correr entre a multidão!

Sentia se em metamorfose. Os beats dos camiões de rua, em Vila Nova de Gaia, atrofiaram lhe o design anatómico… talvez… seria “rumo a uma consciência de lobisomem”?!! Até parecia que tinha orelhas “bigs” a crescer-lhe. Surge a imagem de um padre amigo” Pensa em amigos”! Cosmic Star, o primeiro numa expressão de imagem. O seu amor ravelucionário que mal conhecia pessoalmente, apesar de dizer que “aproximava-se pela criação e que o conhecia e que inclusive o tinha ensinado, o preparado para os 40 anos, uma “eterna juventude, quando se atinge a plenitude e se apreender o erotismo”, explicava entre bafos de marijuana. Mas, ela também não pensava muito na diferença entre o “gostar e o amar”. Seguiram.se muitos outros rostos … os encontrões eram abundantes. “p’ra combater o feitiço”, pensava. Era S. João, no Porto. Tinha perdido o sentido de orientação para a festa. “Já não vai haver rave”. Já na baixa depois de momentos de pânico, procurou uma residencial onde a “transformação pudesse ocorrer”, sem perigos para terceiros. Recusaram-lhe o quarto. Uma, duas, três vezes! O desespero era cada vez maior, não sabia se as mutações aconteciam no corpo ou na “representação do corpo”. Viu Albert Hoffman em imagem … “colorista”. O que a tranquilizou e reconfortou. Arranjou um quarto, em Sá da Bandeira, despiu-se! Não conseguia dormir. As horas passavam. Até que ouve, “dirige-te ao espelho e repete, “ eu sou Rita e tenho consciência humana”. Repetiu-se até à exaustão.  Os comandos separatistas vascos haviam-lhe salvado a vida. Eram por volta das sete quando desceu para o pequeno-almoço! Em claro. Os humanos irradiavam energia e havia uma luz abismal na sala. Comeu “apaixonada”. À saída ouviu falar em basco, “euskara”, pensava com o intimo do seu coração. Mais tarde, já no autocarro rumo a Amarante, enquanto aguardava no banco traseiro, começou a ouvir a música “ eu tirei o dó da minha guitarra da minha guitarra eu tirei o dó dormir é muito bom é muito bom, dormir é muito bom (…) “avante camarada”. Só esta parte e “aquilo” não parava. Parecia uma “música fascista” “ Uma Tortura real”. O som dava a entender que lhe penetrava no subconsciente, a zona mais sagrada da sua mente. Rita exibia uma expressão de pavor e nem o seu passado histórico comunista a acalmava ( com 6 anos pintava APU em fábricas privadas…). Lembrou-se da Xana, dos Rádio Macau. Tinha baptizado a cantora há muitos anos atrás, desde que surgira uma notícias num diário, em que o estado tinha cortado todas as verbas aos grupos de teatro do porto, o que a chabala, achou “bizarro”, como Deusa do Teatro. “Talvez a 1ª a alinhar em escurecer o mundo, numa resposta “imediata ao sistema” saber o que eles fazem, como eles actuam sem a arte?!, retirando-a da vida das pessoas … Abstraiu-se. Adormeceu!

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