a passagem do ana de um anarca poético

Foi a passagem de ano em que mais bebi nos últimos anos. Whisky, vinho, cerveja. Estávamos em Braga. Fomos ao "Insólito". Não deixaram o Manuel entrar. Já passou o tempo em que era eu que armava confusões à porta dos bares. De qualquer modo, não simpatizo com porteiros. Seguimos para o Porto. O Manuel foi buscar erva. Eram quatro horas. Não me lembro de nada do que se passou à meia-noite na casa das três irmãs. Fomos a um bar nas galerias. Um gajo perguntou-me se eu era comunista e eu respondi-lhe que sou anarquista. A Gotucha dançava, dançava. Eu também. Mas a barriga está inchada. O Pena saúdou-me efusivamente. A Gotucha dançava, dançava. Ainda em Braga lembro-me que tanto a chateei que até convenci a Fernanda a sair de casa. No bar perdi o cartão. Fui honesto. Lá fui falar com o gajo. Paguei o mesmo. A Gotucha fumava, fumava. Regressamos a Braga. A ressaca durou dois dias.

António Pedro Ribeiro

Comentários

  1. ahhahaha meu querido che deambulante adorei ter notícias das tuas divagações poéticas e altamente surrealistas !!! bem vindo ao meu cantinho psy e totally fucking underground ou como diria o nuno "wonderground" (fez uma festa de trance no porto-rio com este nome acho potentérrimo !!!) beijo colorido de uma realidade fantástica (ainda ando enlevada no fim de semana da passagem do ano :)!!!)um real deep inside like a "voyage under my skin" carla aka un jeune garçon qui dance à la rue !

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